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Foto do escritorObservatório Ornitológico Nascentes do Iguaçu

Répteis no Observatório Ornitológico: pesquisador apresenta levantamento que atesta a qualidade e a importância dos ecossistemas da Reserva Natural


Professor do Laboratório de Tetrápodes da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), o pesquisador Renato Bérnils apresentou um relatório com dados da ocorrência de répteis no Observatório Ornitológico Nascentes do Iguaçu. O trabalho de campo foi feito em janeiro e o resultado do levantamento pode ser conferido neste link, com as imagens incorporadas em galeria na seção “Meio físico e biótico” do website do Observatório.

 


Cobra-cipó ("Chironius bicarinatus"), uma das espécies de ocorrência no Observatório Ornitológico. Fotografia: Thiago M. Castro

A pesquisa indicou a possibilidade de ocorrência de quase 70 espécies de répteis na área, dentre cobras, lagartos e cágados. “Nesta porção da Serra do Mar há um amálgama de ecossistemas naturais e fatores antrópicos que chamam a atenção por garantir certa riqueza de espécies”, atesta o professor Renato, ao mencionar a combinação de diferentes formações florestais e de campos naturais com áreas urbanizadas e presença de variadas atividades econômicas nas proximidades. “Os campos que se avizinham ao Observatório são ocupados por pelo menos 21 espécies de répteis, as quais, em função das atividades humanas, por vezes adentram áreas descaracterizadas, que originalmente eram cobertas por matas”, evidencia o professor.

 

Das quase 70 espécies estimadas para a área, 35 são de ocorrência confirmada nos ecossistemas locais e outras 12 são potencialmente avistáveis. Para Carlos Amaral, proprietário do Observatório Ornitológico, o levantamento fortalece a importância da Reserva Natural para a conservação da biodiversidade e da Mata Atlântica. “A pesquisa  do professor Renato demonstra importantes aspectos da integridade ecológica dos ecossistemas do Observatório e sua relevância por servir de refúgio e segurança para as espécies de répteis”, frisa Amaral. “E isso reforça a necessidade de perpetuidade desta área, o que já foi garantido com sua transformação em Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN)”, reflete.

 

O levantamento do professor Renato contou com a contribuição de outros dois herpetólogos (pesquisadores de répteis): Sérgio Morato e Thiago Castro, que cederam imagens para ilustrar o trabalho técnico.

 

Os mantenedores do Observatório Ornitológico Nascentes do Iguaçu registram aqui seu agradecimento aos pesquisadores, sobretudo ao herpetólogo e professor Renato Bérnils, por esta tão relevante contribuição científica, que vem a enriquecer ainda mais as informações sobre a biodiversidade da Mata Atlântica preservada na RPPN.

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